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Sojourner Truth, Elisabeth Elliot, Shi Meiyu e Amanda Smith. (Fotos: Creative Commons) Sojourner Truth, Elisabeth Elliot, Shi Meiyu e Amanda Smith. (Fotos: Creative Commons)

Conheça 5 mulheres que marcaram a história da Igreja Cristã Featured

By Publicado Março 11, 2024

Neste Dia Internacional da Mulher, o Guiame relembra algumas histórias que marcaram a trajetória da Igreja Cristã.

A história da Igreja Cristã é permeada por testemunhos de mulheres que se tornaram ícones por dedicar suas vidas ao ministério, muitos dos quais extremamente desafiadores, para evangelizar, aconselhar, pregar, ensinar e propagar a mensagem do Evangelho.

Em toda a narrativa bíblica, mulheres despontam como ajudadoras, missionárias, discípulas e exercendo diversas atividades, mostrando o papel feminino em todas as épocas. Ainda hoje, o exemplo de Abigail, como uma mulher intercessora e pacificadora é sempre lembrado. Ela foi responsável por aplacar a fúria de Davi contra seu marido, que se negou a ajudar o rei e seu exército.

No Novo Testamento, temos a história de Febe, mencionada por Paulo na carta aos Romanos como uma diaconisa da igreja de Cencréia. Ela é reconhecida por seu papel essencial no ministério, servindo como uma líder respeitada e ajudando a estabelecer as primeiras comunidades cristãs.

Outra personagem emblemática é Priscila, que junto com seu marido Áquila, foi fundamental na formação de discípulos e na expansão do cristianismo primitivo. Priscila é frequentemente citada como uma professora influente e uma defensora dedicada da fé cristã.

Ao longo do tempo, inúmeras mulheres deixaram um verdadeiro legado de fé e de missão em prol do cristianismo. Neste Dia Internacional da Mulher, o Guiame relembra algumas histórias publicadas no portal, para manter vivo o legado inspirador dessas mulheres.

CONHEÇA CINCO MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA:

Sojourner Truth – A notável escrava que se tornou evangelista

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Sojourner Truth se tornou uma inspiração por sua fé e luta pelos direitos das mulheres e pelo abolicionismo. Nascida em 1797 como Isabella Baumfree, era filha de escravos. Por essa condição, passou a infância sofrendo abusos de vários ‘donos’.

Sojourner foi escrava por trinta anos e sofreu muito: seus irmãos e irmãs foram vendidos na infância, ela cresceu sem educação e permaneceu analfabeta por toda a vida. Aos nove anos, a menina foi vendida em leilão com um rebanho de ovelhas por US$ 100.

Entre 1810 e 1827 ela ficou casada com outro escravo chamado Thomas, com quem teve cinco filhos. A liberdade de sua filha Sophia foi comprada por US$ 20 por uma família abolicionista amiga, mas seus outros filhos ainda eram legalmente escravos, razão pela qual ela foi forçada a deixá-los para trás.

Visões e voz de Deus

Desde a infância, Isabella tinha visões e ouvia vozes, que ela atribuía a Deus. Na cidade de Nova York, ela se associou a Elijah Pierson, um missionário zeloso. Trabalhando e pregando nas ruas, ela ingressou na Sociedade de Retenção e, eventualmente, em sua casa.

Em 1843 ela deixou a cidade de Nova York e adotou o nome Sojourner Truth, que passou a usar. Obedecendo a um chamado sobrenatural para “viajar para cima e para baixo pela terra”, ela cantou, pregou e debateu nas reuniões campais, nas igrejas e nas ruas das aldeias, exortando seus ouvintes a aceitar a mensagem bíblica da bondade de Deus e da fraternidade dos homens.

Em 1850, ela viajou por todo o meio oeste, onde sua reputação de magnetismo pessoal a precedeu e atraiu grandes multidões. Ela era uma evangelista poderosa, mas falava cada vez mais sobre reforma social, fosse escravidão, direitos das mulheres ou condições de prisão. Mesmo quando ela pregava sobre questões sociais, seu amor por Jesus e pela Bíblia sempre fazia parte do que ela dizia.

Mary Jones – A menina que inspirou a criação da Sociedade Bíblica

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Mary Jones nasceu em 16 de dezembro de 1784, um pequeno vilarejo em um dos vales profundos do Norte de Gales. Seus pais eram devotos metodistas calvinistas, e ela mesma professou a fé cristã aos oito anos de idade. Era de uma família pobre, filha de um tecelão, que vivia em Llanfihangel-y-pennant.

Tendo aprendido a ler nas escolas circulantes organizadas pelo reverendo Thomas Charles, tornou-se seu desejo ardente possuir uma Bíblia própria, o que era difícil, tendo em vista que custava muito caro.

A cópia mais próxima estava em uma fazenda a três quilômetros de distância de sua pequena cabana, e não havia nenhuma cópia à venda mais perto do que Bala, que ficava a 42 quilômetros de distância. E não era certo que uma cópia pudesse ser obtida lá. A Bíblia galesa era escassa naquela época.

Tendo economizado por seis anos até ter dinheiro suficiente para pagar por uma cópia, em uma manhã do ano de 1.800 Mary saiu de Bala e caminhou 42 quilômetros por terrenos montanhosos, descalça como de costume, para obter uma cópia das mãos do Rev. Thomas Charles, o único que tinha Bíblias à venda na região.

De acordo com uma versão da história, o reverendo disse a ela que todas as cópias que ele recebeu foram vendidas ou já estavam reservadas. Mary ficou tão chateada que Charles acabou vendendo a ela uma das cópias que já havia sido prometida a outro.

Em outra versão, ela teve que esperar dois dias pela chegada de um suprimento de Bíblias e conseguiu comprar uma cópia para si e duas outras cópias para membros de sua família.

Sociedade Bíblica

Segundo a tradição, foi a impressão que esta visita de Mary Jones deixou sobre ele que impeliu Charles a propor ao Council of the Religious Tract Society a formação de uma Sociedade para fornecer Bíblias ao País de Gales.

E em 1804 a British and Foreign Bible Society (agora a Sociedade Bíblica) foi formada. Cerca de 300 pessoas de várias denominações se ofereceram para formar a sociedade. O propósito da sociedade na formação era fornecer Bíblias mais fáceis, mais baratas ou até gratuitas para todas as pessoas.

Há uma história que, aos 70 anos, Mary Jones deu meio soberano - uma quantia significativa naquela época - para o apelo da Sociedade Bíblica para imprimir um milhão de Novo Testamento chinês.

Elisabeth Elliot - A missionária que serviu à tribo que matou seu marido

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Elisabeth Elliot (nascida Howard) nasceu em 21 de dezembro de 1926 em Bruxelas, na Bélgica, onde seus pais serviram como missionários. Ela se mudou para os Estados Unidos ainda criança para estudar. Lá, bem jovem, ela fez uma profissão pessoal de fé para seguir a Cristo.

Elisabeth logo sentiu o chamado de Deus para ser missionária. Em 1944, com a intenção de se tornar uma tradutora da Bíblia, ela se matriculou no Wheaton College, onde conheceu Jim Elliot, que tinha um chamado semelhante para missões e com quem teve um longo romance.

Em Wheaton, a menina estudou grego clássico para capacitá-la a trabalhar na área de línguas não escritas durante seu futuro trabalho missionário.

Após a formatura, Elisabeth treinou como tradutora da Bíblia e, em 1952, ela e Jim foram para o Equador para trabalhar como missionários.

Em 1953, Jim e Elisabeth se casaram em Quito, Equador, e continuaram seu trabalho naquele país. Dois anos depois, eles tiveram sua filha Valerie.

Chamado para servir

Após a morte de seu marido, Jim Elliot, ela se sentiu chamada por Deus para testemunhar aos que mataram seu marido, e voltou ao Equador com sua filha. Trabalhando com uma tribo adjacente, ela orou por uma oportunidade de fazer contato com os Waodani.

Finalmente, uma mulher Waodani apareceu, permitindo que Elisabeth começasse a aprender a língua e, depois de ter sido prometida segurança, Elisabeth, sua filha de três anos e Rachel Saint (irmã do piloto assassinado) foram morar com os Waodani.

Ela ensinou não apenas sobre o trabalho missionário, mas também sobre muitos aspectos da vida cristã. Como a década de 1960 trouxe enormes mudanças culturais, ela se viu comentando sobre o papel da mulher, onde essa mulher, a mais corajosa, se posicionou contra o feminismo.

Shi Meiyu – A primeira médica missionária da China

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Shi Meiyu nasceu em 1º de maio de 1873 em Jiujiang, nas margens do rio Yangtze, na China. Seus pais eram cristãos de primeira geração: seu pai, pastor metodista, e sua mãe, diretora de uma escola cristã.

Por milênios, as mulheres tiveram um papel de segunda classe bem definido na cultura chinesa. Das muitas injustiças enfrentadas pelas meninas, a pior era que ainda era costume amarrar os pés de uma jovem, esmagando os ossos para produzir pequenos pés que eram a marca registrada de uma classe social superior. Em uma decisão que prefigurou as ações radicais de sua filha, seus pais se recusaram a fazer isso.

Zombada por ter seus pés soltos, Shi Meiyu cresceu como uma forasteira e seu pai, impressionado pela médica ocidental Gertrude Howe, que também era missionária, de família Quaker americana, decidiu que a filha deveria estudar medicina.

Ela foi enviada aos Estados Unidos em 1892 para estudar medicina. Diante de uma incapacidade generalizada de pronunciar seu nome, Shi Meiyu adotou o nome de ‘Mary Stone’ e, em 1896, ela a amiga Kang Cheng, que adotou o nome de ‘Ida Kahn’, se tornaram as primeiras mulheres chinesas a se formarem em medicina ocidental.

Shi Meiyu combinou as mãos de uma cirurgiã, o coração de uma evangelista e a mente de uma administradora para se tornar uma das grandes mulheres cristãs chinesas do século 20.

Missão médica

Já como médica, Shi Meiyu voltou para Jiujiang e, com apenas 24 anos, estava confiante de que era hora de os cristãos chineses assumirem a liderança. Assim, abriu uma clínica junto com a colega. Com apoio financeiro americano, ela logo conseguiu abrir um hospital com 95 leitos.

Shi Meiyu passou quase cinquenta anos trabalhando na China. Por causa da sua baixa estatura, ela tinha que se sentar em um banquinho para operar. Logo ela se tornou uma cirurgiã respeitada. Ela também distribuía remédios e fazia cansativas consultas médicas no interior, onde costumava tratar cinquenta pacientes por dia. No entanto, Shi Meiyu foi muito mais do que apenas uma médica pioneira e durante anos não foi apenas a administradora do hospital, mas também criou e dirigiu programas de treinamento para enfermeiras.

Sua visão não conhecia limites e ela estava envolvida na criação de hospitais, centros de treinamento e escolas em toda a China, uma nação quase do tamanho da Europa.

Amanda Smith - Primeira mulher negra a se tornar evangelista internacional

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Amanda Berry Smith nasceu em 23 de janeiro de 1837, como escrava, cresceu no condado de York, Pensilvânia; seu pai, Samuel Berry, ganhou dinheiro suficiente com trabalho extra para comprar a liberdade para si mesmo, sua esposa e filhos.

Eles se mudaram para o condado de York, Pensilvânia, onde sua casa se tornou uma estação da estrada de ferro subterrânea. Lá eles tiveram mais sete filhos.

Apesar da pobreza de sua educação, Amanda cresceu cercada de orações e leitura da Bíblia e foi ensinada a ler e escrever por seus pais.

Ela trabalhou brevemente como lavadeira e empregada doméstica para sustentar sua família antes de se casar com Calvin M. Devine em 1854.

Ele morreu como soldado da União na Guerra Civil. Ela se mudou para a Filadélfia em 1863 e se casou com James H. Smith, um diácono de uma Igreja Episcopal Metodista Africana. Smith teve dois filhos com o primeiro marido, três com o segundo, mas apenas uma filha, Mazie, sobreviveu à infância.

Ela se tornou ativa no movimento de Santidade, que exortava todos os crentes, independentemente de sua situação ou status, a compartilhar publicamente sua fé.

Em 1869, ela pregava regularmente em igrejas afro-americanas em Nova York e Nova Jersey e também para públicos brancos. O sucesso de Smith em pregar para uma audiência branca em um acampamento de santidade no verão de 1870 a levou a se comprometer inteiramente com o evangelismo.

Viagens missionárias

Embora ela não tenha sido ordenada ou apoiada financeiramente pela Anderson Chapel AME Church ou qualquer outra organização, ela se tornou a primeira mulher negra a trabalhar como evangelista internacional em 1878. Ela serviu por doze anos evangelizando na Inglaterra, Irlanda, Escócia, Índia e vários países africanos.

De 1879 a 1881 ela esteve na Índia, e depois de outra breve estada na Inglaterra, ela partiu em 1881 para a África Ocidental. Por oito anos ela fez trabalho missionário na Libéria e em Serra Leoa. Após outra estada na Grã-Bretanha de 1889 a 1890, ela voltou aos Estados Unidos. Ela pregou nas cidades do leste até 1892, quando se mudou para Chicago.

Em 1893, Smith publicou An Autobiography. Os rendimentos do livro, junto com suas economias, a renda de um pequeno jornal que publicou e presentes de outras pessoas, permitiram que ela abrisse um lar para órfãos afro-americanos em Harvey, Illinois, em 1899. Por fim, ela retomou a pregação e cantando para sustentar o lar.

Ela escreveu um jornal mensal, o Helper, que aumentou seus esforços de arrecadação de fundos para a escola.

Por Guiame.

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