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Templo foi alvo de pedras durante reunião, na cidade de Las Tunas. (Foto: Iglesia Misionera en Cuba) Templo foi alvo de pedras durante reunião, na cidade de Las Tunas. (Foto: Iglesia Misionera en Cuba)

Igreja é apedrejada durante vigília de oração em Cuba

By Publicado Março 30, 2021

Os membros da igreja estavam reunidos para uma vigília de oração quando o apedrejamento começou. O pastor informou que ninguém ficou ferido.

Na noite de sexta-feira (26), pedras atingiram o telhado da casa pastoral e da Igreja Missionária em Cuba, liderada pelo pastor Yoel Demetrio, um conhecido crítico do regime socialista na cidade de Las Tunas, no centro-leste do país.

Em um relato publicado no Facebook, Demetrio disse que os membros da igreja estavam reunidos para iniciar a vigília de oração quando o apedrejamento começou. O pastor informou que ninguém ficou ferido.

“Sabemos que o reino das trevas está assustado, porque lhe resta pouco tempo em Cuba”, disse Demetrio. “Pedimos a Deus que aqueles que ordenaram este ataque de pedras contra a igreja, se arrependam e saibam que Deus sempre abençoará seus filhos.”

O ataque acontece em meio à campanha de oração realizada por igrejas evangélicas durante todo o mês de março, unindo cerca de 100.000 cristãos cubanos para orar pela situação política, econômica e social no país.

Depois do acontecimento, o líder religioso disse em entrevista ao Diario de Cuba que “o sistema comunista manda criminosos para atirar pedras”.

Não é a primeira vez que a Igreja Missionária de Cuba é atacada. Em Las Tunas, os fiéis são frequentemente assediados e alvos de pedras quando vão ao culto, colocando em risco a segurança dos membros da congregação, incluindo crianças e idosos, denunciou o pastor.

Em outubro de 2020, o senador norte-americano Marco Rubio chegou a comentar no Twitter sobre o assédio contra a igreja liderada por Demetrio: “A liberdade de culto é um direito que deve ser respeitado. A história dos membros da Igreja Missionária de Cuba, que são apedrejados após deixarem a igreja, é preocupante”.



“As pedras são atiradas de pátios vizinhos contra a igreja”, explicou o líder religioso pertencente ao Movimento Apostólico, uma rede de igrejas evangélicas que o Estado se recusa a legalizar.

O Movimento Apostólico relatou a prisão de seus pastores, demolições de templos, confisco de propriedades e ameaças a seus membros para impedir os cultos.

Um caso semelhante ocorreu na província cubana de Camagüey, em outubro de 2020. Naquela época, a Iglesia del Evangelio Completo Roca Eterna disse ao Diário de Cuba que os ataques com pedras aconteceram “por vários meses”.

O Pastor Daniel González explicou que “desconhecidos” atacavam o templo durante os cultos, ensaios ou orações, e danificaram o teto com vários furos.

Um dos líderes da igreja, Disnel Segura, disse que fez uma denúncia ao departamento de polícia e governo local, alertando para o perigo de algum membro da denominação ser ferido.

“Embora tenham vindo para verificar os buracos no teto, suas ações se limitaram a isso”, disse Segura, que exigiu ações das autoridades para conter os agressores.

Por Guiame.

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